sábado, 20 de março de 2010

Seven Gardens - Cap. 1


Seven Gardens - Cap. 1


Como fazia diariamente, Hidrael acordou ao raiar do dia, acendendo a forja para começar a fazer armas e armaduras. Seguia a rotina de acordar com o raiar do Sol para trabalhar no metal desde seus três anos de idade, só parando para comer e indo dormir quando a noite já estava avançada. No geral, dormia 4 horas por dia. Sua pele morena fazia conjunto ao seu cabelo negro. Não possuía barba ou algo do gênero, talvez pela sua idade ou então pela genética. Não era alto e não possuía músculos que sobressaíam aos olhos (um fato estranho, visto a profissão que exercia), possuindo 70 quilos muito bem distribuídos por 1,70 de altura. Era dia de buscar lenha para a semana. Pegou somente um machado de porte médio para cortar as árvores e saiu.

Descia os degraus da cabana aonde guardava o armamento feito quando escutou um grito de socorro. Não se demorou e correu para aonde achava ter ouvido os gritos. As árvores subiam altas, deixando o local abaixo delas em sombras e com um ar gélido. O chão com terra solta fazia os pés do ferreiro afundarem a cada passo da corrida. Foram apenas alguns segundos na corrida frenética até chegar a um pequeno lago. O homem parou ofegante e abismado. Era um centauro ali à sua frente. Devia ter dois metros de altura, carregando uma espada enorme presa às suas costas. A pele meio esverdeada ia até pouco depois da cintura, quando era trocada por uma pelugem marrom escura. Cobrindo a cabeça estava um elmo prateado, marcado pelas batalhas que já havia visto. Sua forma estranha e nova chamou a atenção do garoto. A parte superior era achatada, não possuindo viseira como as vistas normalmente, sendo apenas uma fenda em forma de T, aonde a luz não alcançava. Seu torso todo era repleto de cicatrizes, mostrando que já possuía uma grande habilidade com a espada.

O garoto acordou do transe em que sua mente o havia aprisionado quando mais um grito foi escutado e a moça foi mostrada sendo agarrada pelo animal. Deu um passo à frente e parou de novo. Se ele fosse até lá, provavelmente seria morto pelo animal. Precisava criar um modo de derrotá-lo, de uma estratégia. Não ganharia indo apenas com o machado em punho. Mais um grito. Tinha que pensar rápido, a mulher acabaria morrendo se não fizesse nada.

-Onde ele está musa? Responda-me! – A criatura ergueu-a do chão pelo pescoço.

-Não sei do que falas, agora me solta!

-Não achas que vou acreditar nisso, achas? A filha de Zeus não saberia? Sou um campeão de Ártemis, não posso aparecer diante da deusa de mãos vazias. Agora me diga onde está!

-Não me importa se é campeão ou camponês, pônei. Já disse que não sei do que estás falando! Me solta antes que me machuque!

-Solte-a centauro.

Hidrael vinha caminhando, com o machado apoiado ao ombro. O centauro e a mulher pararam, olhando-o dos pés à cabeça.

-E por que eu deveria fazer isso, garoto?

-Por que não queres morrer. Solte-a.

Uma gargalhada estrondou pela floresta. Pássaros voaram assustados, passando por entre eles e indo para os céus.

-Isso soou como um desafio, moleque. Realmente achas que conseguiria agüentar um ataque meu?

-Não acho, eu tenho certeza. Na verdade, não conseguiria me acertar. É apenas um cavalo gordo metido a gente. Vou falar apenas mais uma vez, solte-a.

O centauro a largou ao chão. A mulher caiu sentada na água, encharcando a túnica branca que ela vestia por completo. O animal virou-se e lentamente retirou a espada da bainha encontrada nas costas. A aparência fazia pensarem que pesava uma tonelada, mas a força descomunal fazia-o segurar como se fosse um gládio. Batia os cascos no chão ferozmente, bufava. Uma fumaça saía por entre o capacete e os olhos do centauro se acenderam, ficando azuis vivos e fortes na escuridão. Hidrael tremeu as pernas e ficou receoso por um tempo, segurando o machado de cortar lenha com as duas mãos. Que chances teria? Estava na frente de um senhor da guerra, sem dúvidas. Um campeão da deusa da caça. Começava uma corrida para cima de Hidrael quando, de supetão, uma rajada de vento cortou o lugar, trazendo várias e várias folhas para perto da margem e, no meio disso tudo apareceu uma mulher. Sua túnica era de um azul claro, parecia lhe dar uma leveza inigualável. Em sua mão esquerda, um arco curvado branco, parecendo com a lua crescente. Ela pisou suavemente o chão, sem fazer som algum. O centauro parou com essa cena, esquecendo completamente do inimigo.

-Haha! Veio de novo pedir minha ajuda Diana?

-Centauro estúpido, bem sabe que não preciso de tua ajuda. Venho apenas para conseguir ter alguma diversão.

Várias das folhas se juntavam, formando a imagem de uma mulher que, dançando, foi até a volta do centauro. Uma voz serena se fez, não sendo dita nem pela mulher que estava sendo atacada quando a caçadora que apareceu. Era provinda da ninfa.

-Acteon escapou dela, Quiron. Hihi. Ele a viu no banho e foi transformado em veado, mas ela não conseguiu abatê-lo. Ele era rápido demais. Então ela veio até aqu...

-Cala-te, ninfa. Quer que eu também te cace?

-Não seja tão impaciente Selene, deixe-a me contar a história já que tu não faz isso.

-Não lhe é permitido me chamar assim, Quiron. Vai me chamar de Ártemis como todos os outros. – A mulher virou o rosto, olhando para Hidrael. – E quem é o humano?

-Um fedelho irritante, me interrompeu durante assuntos pessoais. Vou mat...

-Não importa, depois poderá fazer isso. Acteon ainda está correndo por aí, só pude pensar em te chamar para caçá-lo comigo. Vamos, Quiron. É a ordem da tua deusa.

-Como quiser Ártemis. – O centauro balançou a mão com a espada e, com um brilho que impedia a visão de como aquilo aconteceu, a arma se transformou em um arco. Ele virou-se e, com Diana nas costas, foi para o lado contrário de Hidrael, deixando ele e a mulher que fora esquecida pelo seu “salvador” por um segundo.

Após o centauro ter desaparecido por entre as árvores com Ártemis às costas, Hidrael caiu para trás, tendo a queda amortecida pelo amontoado de folhas. A respiração ofegante tentava puxar ar para os pulmões, em tentativas tão desesperadas quanto inúteis. Não se passaram 10 segundos que estava daquela forma e seus movimentos de desespero faziam parecer que estava há minutos sem poder respirar, mas o temor passou no momento em que uma voz doce chegou aos ouvidos e seu rosto e abdômen foram molhados.

-Não precisa se desesperar. O ar não está fugindo de você, você só precisa se acalmar que isso vai passar. Respire devagar, com calma, puxando todo o ar possível para os pulmões. Não precisa ter medo, estou aqui.

A voz doce, quase sussurrada, chegou como ordem aos ouvidos de Hidrael e, como um bom servo, o corpo executou-a de prontidão. À medida que o ar voltava a circular pelos pulmões o frenesi ia embora, deixando-o calmo e, de certa forma, cansado.

-Por que me ajudou mulher?

-Pelo mesmo motivo que você me ajudou.

-Eu não tinha motivo nenhum, foi um impulso.

-Então eu também não tinha motivo nenhum. Mas me diga, salvador sem motivos, qual teu nome?

-Nunca te ensinaram que é falta de educação perguntar sobre isso sem se apresentar?

-Perdão, realmente foi um descuido meu. Sou Calíope, filha de Zeus e uma das nove musas.

Uma risada descontrolada partiu o encanto da voz da mulher. Uma lágrima escorria do rosto de Hidrael enquanto ele se sentava para recuperar o fôlego da risada. Calíope cruzou os braços e amarrou a cara, visivelmente insatisfeita com a atitude dele.

-O que tem de tão engraçado no meu nome?

-No seu nome, nada. Mas dizer que é filha de Zeus é um pouco demais, não acha?

-Não estou entendendo aonde tu quer chegar.

-Diz ser filha de um deus sendo que deuses não existem!

-Não acabou de ver Diana?

-Coincidências de nomes são coisas bastante naturais, não tens ideia do que eu já vi.

-Vou dizer o que eu nunca vi: alguém que não acredita nos deuses.

-Nunca vi nenhuma prova de que eles existam, então não. Eu não acredito nos deuses.

-Não acredito que vou ter que fazer isso... Vamos, te levanta. Vou te dar uma prova de que eles existem.


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Bem, de novo eu tenho que me desculpar pelo nível fraco do primeiro capítulo. Não to conseguindo deixar em um nível muito bom, ao meu ver. Vou tentar melhorar pro próximo povão =/ Como sempre: comentem, comentem, comentem.


See you later ^^

5 comentários:

  1. Bem, repetição de palavra em um mesmo trecho, fica foda, teve "corrida" a cada 5 palavras.

    Tenta descrever melhor as feições do rosto, e da voz, se essa for de extrema importancia, como mudanças nela causadas por ironias ou sarcasmo.

    Tenta refina mais os dialogos,"fedelho irritante" foi triste, ele é um campeão de um deus, mesmo que seja o da caça ele tera educação e sabedoria.

    Bem é isso espero que isso te ajude,inte!!!

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  2. Concordo com a primeira e segunda, mas agora vir cutucar a personalidade dos personagens é tenso fo-

    Ele é (apesar de centauro e do que diz a mitologia) mortal. Não acho que a posição de alguém demonstre a educação dele, sendo campeão de um deus ou não.

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  3. Eu nao to cutucando a personalidade dele,eu so penso que ele quando alguem fala com um deus, ele vai ser educado e presemte, e ele sendo um campeao de um deus ele tenha o mesmo respeito que ele tem pelo deus, ou pela caça ele vai ter com seu adversário. Saco é a minha opnião mas se o não esse o caso a terçeira parte deve ser IGNORADA!

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  4. a bisk vai die >_>
    cara, ela sendo filha d zeus num tem q da satisfação prum mero mortal, mas igual, c ela fizer alguma putice... algum problema vai da na certa /wth
    e o quíron é um pimpolho mimado ._.

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