quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Uma noite no apartamento


Tudo começou numa tarde ensolarada de domingo. Era véspera de Natal e a lua brilhava radiante com toda sua palidez no alto do céu estrelado de forma que nossos olhos podiam observar a tudo em sua volta. Eu estava dentro do meu quarto jogando ragnarok e vendo videos de fantasmas enquanto meu mercador vendia cartas porings por 2k (acredite, sempre tem um trouxa que vem te zuar e compra para fazer caridade, no fim quem sai lucrando é você).

Pensei que me entretendo no jogo aquelas imagens e vídeos não seriam tão pesados e assim, poderia dormir bem belo de noite. Mas era só o que eu pensava.

No outro dia eu teria aula e assim, lá pelas onze da noite fui me deitar. Péssimo erro.

Me deitei e fechei os olhos e comecei a imaginar as fotos (antes e depois, imagina o pavor das pessoas ao tirar a foto da família e sair um rosto desfigurado) e relembrar os vídeos vistos. Lembrando que naquela época eu era apenas um jovem gafanhoto e nada sabia sobre photoshop ou montagens com o windows movie maker.

Olhei para todos os lados da minha cama (na época era um sofá-cama de casal) e me vi sozinho no escuro. Mas aquele quarto era pequeno e não se via direito por cima do armário e então chamei um GM amigo do Chiisai para sair de trás e me responder o que tinha no topo e ele nunca mais voltou...

Meio desconfortável, me virei e tentei dormi, olhando apenas para a porta, que qualquer coisa eu chamava meu pai.

Naquela casa muito engraçada que tinha teto e não tinha nada (mentira, tinha um monte de tralha), a gente trouxe da antiga casa um pedaço da minha antiga cama que na cabeçeira podia abrir e colocar um monte de coisas lá. Eu vi...alguém encolhido em posição fetal ali em cima.

O pânico tomou conta de mim e então continuei olhando e pensando em o que eu deveria fazer...ou o que o Pelé faria naquela situação...

Com um súbito de coragem, me levantei jogando as cobertas para o lado e num salto já estava do lado da cabeçeira e comecei a soquiar as roupas de tal forma que comecei a gritar para meu pai se levantar.

Adentrando assustado pensando que algo tinha ocorrido e minha perna tinha sido levada para o outro lado do Portão e para trazê-la de volta, ofereci meu braço para recuperar a perna perdida e consegui fixá-la numa armadura que tinha no meu quarto.

Tudo que ele viu quando abriu a porta foi eu gritando em fúria e batendo com força nas roupas lavadas e não mais passadas.

Parei e ele me olhou e falou:"Pelo menos tu enfrentou os seus medos". Isso foi completamente contra os meus pensamentos onde me via apanhando por acordá-lo e ver as roupas totalmente amassadas. Mas pelo menos eu me deitei e fui dormir deposi dele que foi ver televisão.


"Eu sempre tocarei para você"
Haji

2 comentários:

  1. Também imaginava um final aonde tu estaria todo quebrado por ter feito tanto escândalo...

    teu pai foi bem compreensivo irmão, até me assustei o_o

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  2. Má se fosse comigo tu tava com a bunda coalhada até agora rapaz...

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